Fichamento Infra estrutura e superestrutura
(Marx, K. – Sociologia. Oj. Extario Ianni, 4.ed, São Paulo: Atica, 1984) i Infraestrutura e Superestrutura O “prefácio” da Contribuição à Crítica da Economia Política*
Marx relata sua revisão crítica da Filosofia do Direito, de Hegel, onde sua investigação o leva a concluir que as relações jurídicas, assim como as formas do Estado não podem ser explicadas por si mesmas e que a anatomia da sociedade deve ser procurada na Economia política, resultando de forma geral a compreensão de que os homens entram em relações estabelecidas independentes de sua vontade na produção social de existência do mesmo, constituindo a estrutura econômica da sociedade. O autor assume que “Não é a consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a realidade social que determina a sua consciência” (p.83), abrindo possibilidades para que em certo ponto de seu desenvolvimento as forças de produção da sociedade entrem em conflito com as relações de produção existentes, assim como, para as transformações produzidas na base econômica transtorna de diversas formas toda a colossal superestrutura. O autor do texto crê que uma sociedade jamais poderá desaparecer sem prévio desenvolvimento de todas as forças produtivas geradas pela velha sociedade, chamando atenção também, às relações de produção burguesas como forma de um antagonismo condicional de existência social dos indivíduos do processo de produção social, onde estão contidas ao mesmo tempo, as condições de resolução de tal antagonismo.
Claramente o papel do homem na sociedade ainda é visto como uma figura acentuadamente reflexiva da ação, ou seja, a consciência dos homens é determinada pela realidade social imposta a eles o que de certa forma, conflita com a ideia da possibilidade de uma “evolução social” já que se é a realidade social que determina o molde do homem, supostamente todos seriam incapazes de alterá-la, ao menos que