Fichamento O Suicidio
(Durkheim, Emile – O Suicídio. In: Os Pensadores, São Paulo, Ed Abril, 1978) Durkheim: O Suicídio Introdução
Durkheim tenta esclarecer as diferenças entre o termo “suicídio” do ponto de vista popular e o ponto de vista sociológico. Popularmente o significado da palavra é irrelevante e desnecessária para definir, somente tendo importância a sua definição no meio sociológico. O autor deixa bem claro que o motivo pessoal, ou seja, a causa, o que se passava na cabeça do indivíduo ao cometer o ato é de irrelevante importância e que não há diferença se a ação fora planejada com intenção negativa ou positiva. Também é considerada uma forma de suicídio as negligências e irresponsabilidades corporais como o excesso de jejum que ocasionou a morte, falta de zelo com o corpo resultando uma infecção entre outras formas. Para Durkheim o suicídio pode ser como uma ação positiva e violenta, implicando em algum investimento muscular, como pode ser puramente negativa, como a recusa de se alimentar. O autor define o suicídio como “[...] toda morte que resulta mediata ou imediatamente de um ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima” e observa que “[...] a intenção é algo demasiado íntimo para poder ser atingida do exterior” sendo assim, portanto formulada a conclusão de que “um ato não pode ser definido pelo fim que o agente persegue, pois um mesmo sistema de movimento, sem mudar de natureza, pode servir muitos fins diferentes”. O suicídio é mais bem detalhado como “[...] o ato que a consagra é realizado com o conhecimento de causa; é que a vítima, no momento de agir, sabe o que vai resultar de sua conduta, seja qual for a razão que a levou conduzir-se assim”. Durkheim fala sobre o suicídio embrionário, como esgotar-se de trabalhar até isso o levar a morte, e o suicídio completo e desenvolvido, como o ato popularmente conhecido. Tal fato