Fichamento - educação de corpo inteiro

Referência: FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione, 1991.

1 – PEDAGOGIA DO MOVIMENTO NA ESCOLA DE PRIMEIRA INFÂNCIA

1.1 Educação Infantil
[...] tenho que lamentar isso, a ideia de que as crianças sejam matriculadas na educação infantil com um rumo traçado na direção das provas de vestibulares para ingresso nas faculdades. A educação infantil não é para isso, mas sim para ensinar as crianças a bem mobilizar aquilo que, na espécie humana, é seu atributo decisivo: a imaginação. (p. 16). A ideia de ingressar a criança cada vez mais cedo na escolarização para que aprenda e se prepare para o futuro – distante – é errada, ambiciosa. A criança deve aproveitar seu tempo de imaginação. Mas também não achar que a educação infantil é um lugar de apenas recreação, pois é um espaço de escolarização, que respeita as necessidades das crianças.

1.2 Atividade corporal e brinquedo “Se o contexto for significativo para a criança, o jogo, como qualquer outro recurso pedagógico, tem consequências importantes em seu desenvolvimento.” (p. 19). A criança na primeira infância é muito egocêntrica. E a escola precisa trabalhar com ela questões que a faça perder, até a segunda infância, essa autocentração. Pois futuramente, pode prejudicá-la. E o jogo é um recurso ótimo para se trabalhar o desenvolvimento.

1.3 O desenvolvimento motor

1.3.1 O papel da Educação Física no desenvolvimento infantil
Em relação ao seu papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer outra disciplina da escola, e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, sem dúvida, mas deve estar claro quais serão as consequências disso do ponto de vista cognitivo, social e afetivo. (p. 21). Dar liberdade de movimento à criança é essencial. E não querer padronizar seus movimentos. Até porque nem tudo que uma faz a outra também é capaz e precisa do interesse da mesma. Dependendo, pode até mesmo prejudicá-la. A Educação Física