Fichamento do Livro: GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
Moacir Gadotti discorre neste livro sobre o processo de autonomia, autogestão e administração educacional, refletindo sobre diversas experiências educacionais e a consolidação de uma escola cidadã, como fruto de lutas sociais e políticas, visando uma autonomia e democracia na gestão educacional.
Descreve sobre o Conselho de Escola, como um dos mecanismos de participação da comunidade escolar e local em prol de uma escola cidadã.
...
Autonomia da escola, resultado de um processo vivido e um desafio da prática da educação (p 6).
No Brasil, o tema da autonomia da escola encontra suporte da própria Constituição promulgada em 1988 que institui a “democracia participativa” e a possibilidade do povo exercer o poder “diretamente” (art. 1º). A Constituição de 1988 estabelece como princípios básicos: o “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” e a “gestão democrática do ensino público” (art. 206). Esses princípios podem ser considerados como fundamentos da autonomia da escola. (p 7)
Discutir o tema da autonomia é discutir a própria história da educação, na medida em que podemos ver a história da luta pela autonomia intelectual e institucional da escola, associada à liberdade de expressão e de ensino. (p 9)
Educar significa, então, capacitar, potencializar, para que o educando seja capaz de buscar a resposta do que pergunta, significa formar para a autonomia.
A palavra “autonomia” vem do grego e significa capacidade de autodeterminar-se, de auto-realizar-se, de “autos” (si mesmo) e “nomos” (lei). Autonomia significa autoconstrução, autogoverno. A escola autônoma seria aquela que se autogoverna. Mas não existe uma autonomia absoluta. Ela sempre está condicionada pelas circunstâncias, portanto a autonomia será sempre relativa e determinada historicamente. (p 10)
A palavra “autogestão” aparece no início dos anos 60 [...]. Autogestão não é participação, pois participar significa engajar-se numa