fichamento de metrópole e a vida mental de simmel
O texto coloca como as formas de relação na metrópole influenciam o que simmel chama de caráter “blasé” do individuo cosmopolita. Uma espécie de indiferença atrelada, e em grande parte causada, por uma sobrecarga do sistema nervoso devido a intensificação do fluxo de estímulos, da acentuação da divisão do trabalho que demanda uma especialização do individuo muito grande ocasionando na perda da personalidade, consequentemente, dentro de uma sociedade moldada historicamente pela filosofia liberal de afirmação individual, as relações humanas são suplantadas pela objetivação capitalista.
Sobre a intensificação do fluxo de estímulos como elemento formador do caráter blasé:
“A base psicológica do tipo metropolitano de individualidade consiste na intensificação dos estímulos nervosos, que resultam da alteração brusca e ininterrupta entre estímulos exteriores e interiores. O homem é uma criatura que procede a diferenciações. Sua mente é estimulada pela diferença entre a impressão de um dado momento e a que a procedeu. Impressões duradouras, impressões que diferem apenas ligeiramente uma da outra, impressões que assumem um curso regular e habitual e exibem contrastes regulares e habituais – todas essas formas de impressão gastam, por assim dizer, menos consciência do que a rápida convergência de imagens em mudança, a descontinuidade aguda contida na apreensão com uma única vista de olhos e o inesperado de impressões súbitas. Tais são as condições psicológicas que a metrópole cria.”(pag,1)
“Não há talvez fenômeno psíquico que tenha sido tão incondicionalmente reservado à metrópole quanto a atitude blasé. A atitude blasé resulta em primeiro lugar dos estímulos contrastantes que, em rápidas mudanças e compressão concentrada, são impostos aos nervos.”(pag,5)
Sobre a divisão do trabalho e objetivação das relações como elementos formadores do caráter blasé:
“As cidades são, em primeiro lugar, sede