fichamento de linguistica
A linguagem da criança sempre provocou especulações diversas entre leigos e estudiosos do assunto. Seja essa linguagem a manifestação imperfeita de um ser incompleto, seja a expressão primitiva da palavra de Deus, o fato é que relato mais ou menos esparsos, porém constantes, tem sido registrado ao longo dos séculos e chegaram até nós.
Heródoto, por exemplo, narra que, no século VII a.C., o rei Psamético do Egito ordenou que duas crianças fossem confinadas desde o nascimento ate a idade de dois anos, sem convívio com outros seres humanos, a fim de que se observassem as manifestações “linguísticas” produzidas em contexto de privação interativa.
Desde o século XIX, alguns linguistas, guiados tanto por interesse paterno .quanto profissional, elaboram diários de falas contemporânea de seus filhos.
São trabalhados descritivos e amais ou menos intuitivos, que, ao contrario das pesquisas aquisicionais das ultimas décadas, não se voltam a procura, nos dados da criança , de evidencia em prol de alguma teoria linguística ou psicológica, embora se insiram nas teorias linguísticas e psicológicas da época (como os de Lewis, como tendência behaviorista). Esses trabalhos são do tipo longitudinal, uma das metodologias de pesquisa com dados de desenvolvimento hoje já bem estabelecidos, iniciados exatamente pelos diaristas.
Assim grava-se a fala de uma criança por um período de tempo estabelecido (por exemplo: meia hora, 40 minutos, 1 hora, etc.), em intervalos regulares (sessões semanais, quinzenais, mensais, etc.), dependendo do tema a ser pesquisado. Esse material é periodicamente transcrito de maneira mais apropriada para a pesquisa em pauta (transcrição fonética, prosódica, cursiva, codificadas segundo orientações sintáticas, semânticas, etc.).
A aquisição da linguagem é pelas suas indagações, uma área hibrida heterogênea ou multidisciplinar. A área recobre muitas subáreas, cada uma formando um campo próprio de estudos. Eis algumas delas: Aquisição da língua