Fichamento de família e sociedade
Família, Redes, Laços e Políticas Públicas 25ª Ed.
São Paulo Cortez, 2010 ,( p.21-36)
>>>’’Vivemos numa época como nenhuma outra, em que a mais naturalizada de todas as esferas sociais , a família, além de sofrer importantes abalos internos tem sido alvo de marcantes interferências externas. Estas dificultam sustentar a ideologia que associa a família à ideia de natureza.(...)Desde a Revolução Industrial , que separou o mundo do trabalho do mundo familiar e instituiu a dimensão privada da família, contras anos 80, as novas tecnologias reprodutivas – seja inseminações artificiais, seja fertilizações in vitro – dissociaram a gravidez da relação sexual entre homem e mulher.(...) Não obstante, ambas as intervenções tecnológicas – relativas à anticoncepção ou à reprodução assistida – implicam, pelo menos em algum nível, a introdução da noção de “escolha”.’’ (p.22).
“Na década de 1990, o processo de mudanças familiares ganha novo impulso, com a difusão do exame do DNA(Fonseca,2001)”(p.23).
“(...)Essa forma de intervenção tecnológica é fundamental no que se refere a laços e responsabilidades familiares’’(...). A comprovação da paternidade abre o caminho para que esta seja reivindicada, causando forçosamente um impacto na atitude tradicional de irresponsabilidade masculina em relação aos filhos.” (p.24)
“(...)No Brasil, a Constituição Federal de 1988 institui duas profundas alterações no que se refere a família: 1. A quebra da chefia conjugal masculina, tornando a sociedade conjugal compartilhada em direitos e deveres pelo homem e pela mulher; 2. O fim da diferenciação entre filhos legítimos e ilegítimos, reiterada pelo estatuto as Criança e do Adolescente(ECA).” (p.24).
“ No universo simbólico