Fichamento de Antropologia
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA:
BASES ANTROPOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DOCENTE:
Profª. Regina Simões
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DISCENTE:
SHEILA DARCELE DOS SANTOS SILVA
FICHAMENTO
Trabalho desenvolvido para obter nota na disciplina Bases Antropológicas em Educação Física, ministrada pela docente Regina Simões.
TEXTO: CORPO ATIVO E A FILOSOFIA Qual o sentido de falarmos, hoje, em copro ativo? Que significa atividade corporal numa época em que muitas academias de ginástica são localizadas em shopping centers, em que muitas outras são literalmente vitrines, nas quais os transeuntes, na rua, podem assistir à malhação dos malucos por terem um corpo sarado. Concordo com o filósofo francês Gilles Lipovetsky quando afirma que vivemos hoje os tempos hipermodernos, nos quais tudo é mercadoria, tudo é aceleração. E, claro, a vivência do corpo não fica alheia a isso. Como falar então em corpo ativo, sem com isso fazer o jogo do mercado, o jogo do capitalismo, transformando o corpo em mais uma mercadoria, instituindo uma mais-valia do corpo, pela qual devemos ceder à ginástica constante, as dietas constantes, ao constante controle do corpo, como um hipercontrole de si mesmo. O tema do corpo tem sido uma constante na filosofia desde suas origens. Já entre os gregos o corpo era tematizado filosoficamente, e se eles tinham concepções diferentes e uma relação com o corpo distinta da nossa, também foram eles que criaram o matiz de pensamento que viria a embasar nossas visões contemporâneas sobre o corpo e nossas formas de vivê-lo. O filósofo Aristóteles, um dos mais importante do período clássico grego, criou a teoria do hilemorfismo, que afirmava que forma e conteúdo não poderiam ser tomados separadamente, pois um fazia parte do outro. Para ele, o corpo era uma extensão, uma realidade física limitada por uma superfície. Mas o corpo não seria puramente