Fichamento Antropologia
PIBIC: As construções e vivências de cuidadoras/es em saúde: interstícios cartográficos entre o campo da saúde pública e os marcadores sociais das diferenças
Livro: Antropologia, Saúde e Envelhecimento (Capítulos 1, 2 e 3)
Autores: MINAYO, Maria Cecília de Souza, COIMBRA Jr, Carlos E. A.
A problemática da população brasileira estar envelhecendo num taxa elevada – corroborada pelo aumento na expectativa de vida - e o fato de serem escassos os estudos sobre essa parcela da população foram o motivo da escolha da proposta que visa elucidar aspectos relacionados a determinados cuidados sociais, a saber: “recolhimento anterior” (eufemismo para o afastamento do trabalho; a “inatividade” (rotulação dos aposentados e aposentadas), a “prevenção das possíveis ameaças” (medicalização da idade) ou as “festinhas da terceira idade”.
A pesquisa reuniu um grupo de trabalho formado por pesquisadores estudiosos do assunto no Rio de Janeiro em agosto de 2000, resultando no livro em questão, que além de se basear no fato dessa parcela geriátrica ter se tornado um grande mercado consumidor, busca entender as nuances relacionadas com a discriminação internalizada que culmina em atitude de negação. Além disso, o estudo foca sempre nos fatores que contribuem para diferenciar a vivência do envelhecimento que são as redes de apoio social e comunicação, com ênfase na solidariedade familiar.
Constatou-se também que há desejos universais em se tratando dos idosos: viver o máximo possível, terminar a vida de maneira digna e sem sofrimento; encontrar ajuda e proteção para a progressiva diminuição das capacidades; continuar a participar das decisões que envolvem a comunidade; prolongar, ao máximo, conquistas e prerrogativas sociais como propriedade, autoridade e respeito. Porém muitas vezes isso vai de encontra ao que aos anseios das novas gerações que encaram o envelhecimento como um problema, e este se amplia a outros campos, abrangendo a carga econômica para o sistema de saúde