Fichamento Braverman
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: Zahar,
1997.
“Todas as formas de vida mantêm-se em seu meio ambiente natural; assim é que todos desempenham atividades com o propósito de apoderar-se de produtos naturais em seu próprio proveito. [...] Mas apoderar-se desses materiais da natureza tais como são não é trabalho; o trabalho é uma atividade que altera o estado natural desses materiais para melhorar sua utilidade.” (p. 49)
“o que importa quanto ao trabalho humano não é a semelhança com o trabalho de outros animais, mas as diferenças essenciais que o distinguem como diametralmente oposto.” (p. 49)
“No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalho. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade.” (p. 49-50)
“O trabalho humano é consciente e proposital, ao passo que o trabalho dos outros animais é instintivo.” (p. 50)
“no trabalho humano o mecanismo regulador é o poder do pensamento conceptual” (p. 51)
“A cultura humana... é o resultado dessa capacidade de pensamento conceptual.” (p. 51)
“Assim, o trabalho como atividade proposital, orientado pela inteligência, é produto especial da espécie humana.” (p. 52)
“O trabalho que ultrapassa a mera atividade instintiva é assim a força que criou a espécie humana e a força pela qual a humanidade criou o mundo como o conhecemos.” (p. 53)
“a humanidade é capaz de uma infinita variedade de funções e divisão de funções com base nas atribuições da família, do grupo e sociais.” (p. 53)
“Assim, nos seres humanos, diferentes dos animais, não é inviolável a unidade entre a força motivadora do trabalho e o trabalho em si mesmo. A unidade de concepção e execução pode ser dissolvida. A concepção