Fichamento Ambiente Winnicott
Winnicott, pediatra, psiquiatra infantil e psicanalista, pensava como Freud: via a psicanálise como uma ciência que se desenvolve.
Diante de inúneras histórias clínicas de neurose, psicose, distúrbios psicossomáticos e anti-sociais, encontrava dificuldades emocionais em seus pacientes, que pareciam ter se iniciado nos primeiros dias de vida e que não conseguiam ser explicadas pela teoria do complexo edipiano. Segundo ele, “algo estava errado em algum lugar.” (Winnicott 1965va [1962], p. 157).
Observar os bebês com suas mães, conseguir que elas descrevessem o modo de vida de seus bebês no início.
Ao definir a sua teoria do amadurecimento pessoal, ou teoria do desenvolvimento emocional do ser humano, Winnicott enfatizou que esta inclui “a história total do relacionamento individual da criança até seu meio ambiente específico.” (Winnicott 1971b, p. 14).
É uma história que compreende o crescimento emocional do bebê e da pessoa cuidadora desse bebê, daquela que atende às suas necessidades específicas, ou seja, da mãe como “ambiente suficientemente bom” – a pessoa responsável pelas condições facilitadoras para que o crescimento do bebê se efetive.
Essa teoria acaba por compreender, também, o que acontece diante das interferências que dificultam ou impedem a suficiência do ambiente e, conseqüentemente, o crescimento do bebê.
O curso da enfermidade ficaria compreensível como uma expressão das dificuldades próprias da vida, quer sejam nas tendências herdadas, quer sejam na influência do ambiente.
Winnicott desloca o complexo edipiano do centro, ou do ponto de partida para a constituição do si mesmo e coloca em seu lugar a relação com a mãe.
O problema edipiano, cede lugar ao problema do amadurecimento pessoal, sendo este último a identificação primária mãe-bebê.
A teoria do desenvolvimento sexual, é também substituída na teoria winnicottiana pela teoria do amadurecimento pessoal.
Não