Ficha de Leitura sobre Crônicas
“ A carta de Pero Vaz de Caminha a el-rei D. Manual assinala o momento em
que pela primeira vez a paisagem brasileira desperta o entusiasmo de um
cronista, oferecendo-lhe a matéria para o texto que seria considerado nossa
certidão de nascimento.” (p.5)
“Indiscutível, porém é que o texto de Caminha é criação de um cronista no
melhor sentido literário do termo, pois ele recria com engenho e arte tudo o que
ele registra no contato direto com os índios e seus costumes...” (p.5)
“ a observação direta é o ponto de partida para que o narrador possa registrar
os fatos de tal maneira que mesmo os mais efêmeros ganhem uma certa
concretude. Essas concretude lhes assegura a permanência, impedindo que
caiam no esquecimento, e lembra aos leitores que a realidade – conforme a
conhecemos, ou como é recriada pela arte - é feita de pequenos lances,
Caminha estabeleceu o principio básico da crônica: registrar o circunstancial...”
(p.6)
“ seção quase que informativa, um rodapé onde eram publicados pequenos
contos, pequenos artigos, ensaios breves, poemas em prosa, tudo, enfim, que
pudesse informar os leitores sobre os acontecimentos daquele dia ou daquela
semana, recebendo o nome de folhetim.” (p.8)
JUNITO SOUZA BRANDÃO – MITOLOGIA GREGA –Rio De Janeiro: Vozes,
1987.
“CRONO, em grego KrÒno$ (Krónos), sem etimologia certa até o momento.
Por um simples jogo de palavras, por uma espécie de homonímia forçada,
Crono foi identificado muitas vezes com o Tempo personificado, já que, em
grego XrÒno$ (Khrónos) é o tempo. Se, na realidade, Krónos, Crono,
nada tem a ver etimologicamente com Khrónos, o Tempo, semanticamente
a identificação, de certa forma, é válida: Crono devora, ao mesmo tempo
que gera; mutilando a Urano, estanca as fontes da vida, mas torna-se
ele próprio uma fonte, fecundando Réia.”