Ferrovias
Em menos de dois anos após a sanção da lei que estabelecia o monopólio estatal do petróleo e criava a Petrobras, em 13 de março de 1955, jorrava óleo de alta qualidade no poço pioneiro NO-1-AZ, de Nova Olinda (AM), situado no eixo da bacia sedimentar do Rio Amazonas, entre os arcos de Purus e Gurupá. Contudo, no inicio dos anos 60, as perfurações na estrutura de Nova Olinda foram interrompidas devido ao esgotamento dos poços e ao alto investimento necessário para novas pesquisas (GARCIA, 2008).
Por conta da enorme malha hidrográfica existente na época da cheia, quando é possível contar com até 80.000 km de vias navegáveis, a quase totalidade das operações de exploração de petróleo foi realizada utilizando o transporte fluvial para locomoção de pessoas, equipamentos e provisões. Nos primeiros dez anos de operações, todos os poços foram perfurados às margens dos grandes rios.
No final da década de 70, o uso de helicópteros na movimentação de sondas permitiu expandir as incursões exploratórias para regiões de mata fechada. O esforço de trabalhar em condições extremas na Amazônia, agora não mais concentrado à beira dos rios, foi recompensado. Conforme nos descreve Garcia (2008), em 1978 ocorreu a primeira descoberta significativa na região: a Província de Gás do Juruá, em Caruari (AM), na Bacia do Solimões. E finalmente, em outubro de 1986, a Petrobras descobriu petróleo leve e gás em quantidades comerciais na área do rio Urucu, afluente do Solimões, a aproximadamente 280 km do município de Coari e 650 km a sudoeste da cidade de Manaus, onde foi instalada a Base de Operações Geólogo Pedro de Moura (BOGPM), unidade de produção pertencente a UO-AM (Unidade de Operação da Amazônia), uma das maiores em produção comercial de óleo e gás no Brasil.
Ainda hoje, quase todas as cargas (materiais, equipamentos, mantimentos e etc.) que chegam à BOGPM, seguem de Manaus, via modal fluvial. Na Amazônia, segundo Carmo Filho et al. (2006), o transporte fluvial tem