Fernando pessoa 12 ano
Alberto Caeiro
* Natureza (Bucolismo); * Dambulismo (anda pelo espaço da Natureza); * Poeta da simplicidade; * Escrita simples; privilegia o uso da comparação, a metáfora e do polissíndeto (repetição do “e”); * Poeta anti-metafísico (recusa o pensamento); * Interpreta o mundo a partir dos sentidos; * Interessa-lhe a realidade imediata e o real objectivo que as sensações lhe oferecem; * Uso do verso branco (sem rima), do versilibrismo (estrutura métrica irregular) e da estrutura estrófica livre.
Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “Guardador de Rebanhos”, que só se importa em ver de forma objectiva e natural a realidade com a qual contacta a todo o momento. Poeta do olhar, procura ver as coisas como elas são, sem lhes atribuir significados ou sentimentos humanos. Considera que “pensar é estar doente dos olhos”, pois as coisas sãol como são. Recusa po pensamento metafísico, afirmando que “pensar é não compreender”. Caeiro constrói uma poesia das sensações, apreciando-as como boas por serem naturais. Para este heterónimo, o penasamento apenas falsifica o que os sentidos captam. É um sensacionista, que vive aderindo espontaneamente às coisas, tais como são, e procura gozá-las com despreocupada e alegre sensualidade.
Ricardo Reis
* Contemplativo (observa); * Racional (conclui resignando-se); * Clássico: * equilibrio * linguagem * forma * Horaciano * “aurea mediocritas” * “carpe diem” * ode * Pagão * Crença nos deuses/Fado (destino) * crença na presença divina das coisas * Estoico-epicurista * Estoicismo * supremacia nos Deuses e no Fado * aceitação voluntária das leis do universo (ilusão de liberdade) * ideal de apatia (indeferença) * Epicurismo * procura a felicidade moderada (= ausência de sofrimento) * ideal de ataraxia (indiferença) * “carpe diem”
Ricardo Reis é o poeta da serenidade