Fernandinho beira mar
Em 10/4/1996: O bandido e os otários
Leonardo Pareja, 22 anos, o bandido da luz do flash, andava quieto desde setembro do ano passado, quando sequestrou uma menina na Bahia, passou mais de um mês escapando da polícia, ao mesmo tempo em que dava entrevistas por telefone esculhambando a ação policial. Daquela vez, entregou-se – a uma repórter da Globo – depois de se esconder por mais de um mês, e isso lhe rendeu mais reportagens. A aparição da semana passada foi bem mais curta, só durou sete dias, mas foi muito mais marcante. No mais longo motim da história policial brasileira, acabou sendo Pareja – criminoso condenado a nove anos por roubo e assalto a mão armada – quem promoveu as negociações entre presos e o governo. Acabou espetando um nariz de palhaço no rosto do governador Maguito Vilela, em todo o governo goiano e, por que não?, no do ministro Nelson Jobim, da Justiça.
Essa é a moral da história: a atuação de Pareja mostrou que se vive, nas penitenciárias brasileiras, uma situação de beira de abismo, em que as autoridades policiais e