Tropa de Elite 2
Quando o autor de Elite da Tropa 2, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, publicou o seu livro (no qual o roteiro do novo filme se baseia) ele certamente alargou a discussão sobre as Milícias e sua atividade na cidade do Rio de Janeiro. O filme, que segue com bastante precisão as palavras de Luiz Eduardo, tem o seu início nos dias de hoje, o que apresenta um problema para o espectador de alguma memória. Afinal, as situações narradas na película em sua maioria, datam dos anos de 2007 e 2008. Nada que estrague este grande feito do diretor José Padilha, mas dado que não houve problemas de se estabelecer datas claras no primeiro filme, ficamos sem entender o porquê desta omissão das datas oficiais na continuação.
Na tentativa de organizar um pouco os acontecimentos do filme com o que foi noticiado pela imprensa na época (fique atento aos links deste artigo, todos eles são notícias de época sobre os acontecimentos debatidos), falaremos aqui dos principais pontos levantados por Tropa de Elite 2 e seus correspondentes “reais”, dando um foco para a discussão que estes acontecimentos podem gerar. Desta forma, é importante avisar que, por mais que este artigo não cite o desenrolar de tramas pessoais e de toda ficção que aparece nas telas, vários eventos descritos aqui serão cruciais a trama por ele apresentada, portanto para o leitor de pouca memória (já que tudo o que falarei aqui foi fruto de intenso debate político nos últimos anos) ou que deseja ser surpreendido é melhor esperar até que se assista ao filme para retomar este artigo.
Tropa