FERMENTAÇÃO
Com a respiração celular aeróbia, as células catabolizam a glicose de uma forma mais eficaz, produzindo um elevado número de moléculas de ATP. Na ausência de oxigênio, os organismos podem "fermentar" a glicose, uma via metabólica mais simples e de menor rendimento energético. Mas este fato não diminui a importância da fermentação: é provável que tenha sido o primeiro metabolismo energético na história da Vida na Terra; existem registros que comprovam o uso de alimentos fermentados pelos sumérios, egípcios antigos, assírios e babilônios. É nela que assenta a sobrevivência de inúmeros microrganismos que decompõem e reciclam a matéria orgânica; é a fermentação que assegura um pouco mais de energia aos músculos cansados durante uma maratona, e está na base de alguns dos alimentos mais consumidos no mundo.
TIPOS E PROCESSOS DE FERMENTAÇÃO:
Diferentes organismos podem provocar a fermentação de diferentes substâncias. O gosto rançoso da manteiga, por exemplo, se deve a formação de ácido butírico causado pelas bactérias que fermentam gorduras. Já as leveduras fermentam a glicose e as bactérias que azedam o leite fermentam a lactose.
Fermentação Alcoólica
As leveduras e algumas bactérias fermentam açúcares, produzindo álcool etílico e gás carbônico (CO2), processo denominado fermentação alcoólica. Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de ácido pirúvico produzidas são convertidas em álcool etílico (também chamado de etanol), com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP. Esse tipo de fermentação é realizado por diversos microrganismos, destacando-se os chamados “fungos de cerveja”. O homem utiliza os dois produtos dessa fermentação: o álcool etílico empregado há milênios na fabricação de bebidas alcoólicas (vinhos, cervejas, cachaças etc.), e o gás carbônico importante na fabricação do pão, um dos mais tradicionais alimentos da humanidade. Mais recentemente tem-se utilizado esses fungos para a produção industrial