Fenômenos socias
Questão Social:
Pode-se observar que a população de rua faz parte de forma crescente nos cenários das grandes cidades, contudo no Brasil não existem dados confiáveis sobre o número de pessoas que vivem nas ruas.
Quando se fala de moradores de rua, se associa aos mesmos a uma situação limite de pobreza, que não se reduz a uma questão meramente econômica e se constitui também em parâmetro de avaliação social. Na situação de extrema pobreza, a população de rua tem seu lugar social demarcado sendo estigmatizada pela sociedade como um todo, e pela classe trabalhadora em particular.
Morar na rua implica ter ali seu hábitat, o que traz como consequência a ocupação dos espaços públicos, e o que deveria ser privado como comer, dormir, lavar-se, é agora público, feito diante de todos e ao tornar público o que é privado, também se privatiza o que é público.
Assim como viver na rua viola uma regra social de uso do espaço, a forma de sobrevivência dessa população (que se faz secundariamente pelo mercado, seja o de trabalho, seja o de bens) subverte os padrões e valores de reprodução da sociedade capitalista, em que o trabalho aparece como forma legítima de garantir o sucesso.
Da mesma maneira que a sociedade caracteriza esses moradores de rua como “vagabundos”, malandros, vadios ou quando muito coitados, o morador de rua assume os estigmas lançados sobre si, utilizando os olhos da sociedade para avaliar a sua condição social.
Questão Pessoal
Sobre o assunto, a bibliografia é bem representada e aparece uma grande preocupação com o número de moradores de rua, gênero e idade.
Dentro dos escritos encontramos Vieira que define: “População de rua é aquela que passa ali 24 horas por dia, em dias consecutivos, nela suprindo as necessidades básicas de alimentação, sono e outras.” Para Marshall, seriam os que não têm moradia, os que moram na rua, mas também os que vivem em albergues, asilos e ainda os que habitam lugares inseguros considerados