Resumo as verdades e as formas jurídicas
Este texto trata das diferentes formas utilizadas para se obter a verdade em diversas situações históricas. Desta forma, o autor, Foucault, o subdivide em três conferências, sendo elas:
Conferência I, na qual têm-se a intenção de mostrar como se formaram domínios de saber por meio de práticas sociais, propondo três meios de pesquisa: 1- A história dos domínios do saber em relação com as práticas sociais, em que o saber do homem nasceu das práticas sociais do controle e da vigilância; 2- A análise metodológica dos discursos como jogos estratégicos de ação e de reação, de pergunta e de resposta, de dominação e de esquiva, como também de luta; 3- A reelaboração da teoria do sujeito, sendo feita a constituição histórica de um sujeito do conhecimento por meio de um discurso tomado como um conjunto de estratégias que fazem parte das práticas sociais. Segundo Foucault, para “conhecermos o conhecimento” devemos nos aproximar não dos filósofos, mas dos políticos, ou seja, devemos compreender quais são as relações de luta e de poder.
Conferência II, onde Foucault analisa a fábula de Édipo pretendendo demonstrar como esta é representativa e instauradora da relação entre poder e saber. Aparece, também, um novo personagem para ajudar na dissolução do litígio criminal: a testemunha. É perceptível no personagem central diversas características de um tirano, entretanto, o tirano grego era aquele que detinha um saber superior ao dos outros. Não podia haver saber sem poder, nem poder político sem um saber especial. O autor via o homem como homem do poder.
Conferência III, na qual há a busca por quais foram os mecanismos e efeitos da estatização da justiça penal na Idade Média. Nasceu, em meados do sec.V o direito de testemunhar, dando origem às formas racionais da prova e da demonstração, a arte de persuadir, e o conhecimento por inquérito. Com a revolução na Grécia este ultimo ficou adormecido, tendo mais eficácia sua segunda