Fenômenos sociais e Marx
A primeira causa de morte por atos de violência no mundo não são os acidentes de trânsito, os homicídios nem os conflitos armados, mas o suicídio. Esse dado desconcertante foi revelado em outubro de 2002, em Bruxelas, numa reunião da Organização Mundial de Saúde (OMS) para divulgar as conclusões do Relatório Mundial sobre Violência e Saúde.
Fenômenos sociais envolvidos nesta questão
Por muito tempo, o suicídio era considerado apenas um fenômeno psicológico e seu estudo era feito apenas dentro da psicologia. Entretanto, desde Durkheim, o suicídio começou a ser visto como um fenômeno social também. O suicídio está relacionado a diversos fatores sociais como divórcio, drogas, crises financeiras ou crimes por exemplo. Assim, perdeu-se sua misticidade e deu-se início a uma abordagem científica e social.
Para se estudar um fenômeno social, deve-se indicar o seu objeto de estudo e determinar o seu conteúdo, definindo os fenômenos que serão estudados. No entanto, é muito difícil definir o objeto de estudo, por ser difícil a distinção dos fenômenos sociais. Esses, devem ser o resultado da atividade humana que está diretamente relacionada com a consciência humana, que, por sua vez está submetido a determinadas leis fisiológicas, químicas e físicas.
Em se tratando do suicídio como um fenômeno social, podemos ver um ato da vontade humana que está ligada a diversos outros fatores psíquicos e sociais que, por conseguinte, levaram ao ato da lesão física que ocasionou a morte. Uma série de fatores psicológicos, físicos, químicos, fisiológicos e sociais devem ser estudados para se ter uma análise sistêmica do assunto.
Ao se analisar os aspectos físicos, químicos e psicológicos do assunto, pode-se chegar na conclusão de que se trata de um fenômeno individual e não social. Todavia, quando surgem os questionamentos da causa das consequências psicológicas, físicas e químicas aparecem os fatores sociais que causaram essas circunstâncias que resultaram no