Fenomeno do crime
Leituras médicas sobre o fenômeno do crime, focado na etiologia a partir de dados eminentes biológicos, formam o conjunto da rede de saber-poder edificada nas instituições médico-juridicas e multiplicada pelos ‘’cientistas’’ do Iluminismo e a qual podemos denominar ‘’medicalização do crime’’.
Não é de intenção, dizer que a medicina é uma entidade dotada de uma essência e de uma essência negativa, pela qual sua razão de existir estaria reduzida às conspirações políticas de controle e de poder. Isso explica que apesar do termo ‘’medicalização’’ ter sido usado amplamente pelas ciências sociais com uma conotação critica à patologização da sociedade e seus desdobramentos, implicando uma censura ao reducionismo, há outras questões envolventes que merecem ser destacadas dessa análise.
Enfim, é de se convir que o projeto médico de alcançar autoridade para além dos limites de sua competência talvez não fizesse parte das aspirações de todos os médicos. É possível admitir não ter existido uma patologização de todas as esferas da sociedade, é preciso verificar quais categorias médico-positivas de fato foram incorporadas ao nosso dia-a-dia e à legislação brasileira xxxxx x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x INTRODUÇÃO
Leituras médicas sobre o fenômeno do crime, focado na etiologia a partir de dados eminentes biológicos, formam o conjunto da rede de saber-poder edificada nas instituições médico-juridicas e multiplicada pelos ‘’cientistas’’ do Iluminismo e a qual podemos denominar ‘’medicalização do crime’’.
Não é de intenção, dizer que a medicina é uma entidade dotada de uma essência e de uma essência negativa, pela qual sua razão de existir estaria reduzida às conspirações políticas de controle e de poder. Isso explica que apesar do termo ‘’medicalização’’ ter sido usado amplamente pelas ciências sociais com uma conotação critica à patologização da sociedade e seus desdobramentos,