DESVIO E CRIME: FENÔMENOS SOCIAIS COMPLEXOS
Para Anthony Giddens, podemos definir DESVIO como uma não-conformidade com determinado conjunto de normas que são aceitas por um número significativo de pessoas em uma comunidade ou sociedade. Nenhuma sociedade pode ser repartida, de um modo simples, entre aqueles que se desviam das normas e aqueles que agem de acordo com elas. A maioria de nós, em algumas ocasiões, transgride regras de comportamento geralmente aceitas.
O desvio e o crime não são sinônimos, embora, em muitos casos, se sobreponham. O conceito de desvio é muito mais amplo que o de crime, o qual se refere apenas a uma conduta não- conformista que infringe uma lei. Muitas formas de comportamento desviante não são sancionadas em lei. Assim, os estudos sobre desvio podem examinar fenômenos tão diversos como, por exemplo, os nudistas, a cultura rave, os New Age, dentre outros.
Por isso, o estudo sobre o crime e o desvio é uma das áreas mais intrigantes da Sociologia, porém uma das mais complexas. A Sociologia nos ensina que nenhum de nós é tão normal quanto gostaríamos de imaginar. Também nos ajuda a observar que as pessoas cujo comportamento possa parecer incompreensível ou estranho podem ser vistas como seres racionais a partir do momento em que compreendemos o motivo que as leva a agirem dessa forma. Teorias Funcionalistas
Durkheim revela-se o mentor mais importante. Perspectiva o crime e o desvio como resultado de ausência de regulação moral e determinadas tensões estruturais, na sociedade. Este autor surge com o conceito de anomia, como sendo um sentimento de desorientação existente, nas sociedades modernas. Aliás Merton, com base neste conceito “anomia”, tenta explicar o desvio, como sendo um conflito entre as normas e os valores da sociedade. Teorias