FEMINISMO E QUESTÃO DE GÊNERO SÃO SINONIMOS?
Até bem pouco tempo era muito limitada a questão de gêneros, mas meados dos anos 70 ganhou força e amplitude na década de 80. A questão de gênero “surgiu com o intuito de distinguir e separar o sexo – categoria analítica marcada pela biologia e por uma abordagem essencializante da natureza ancorada no biológico – de gênero, dimensão esta que enfatiza traço de construção histórica, social e sobre tudo política que implicaria análise relacional.”
O feminismo trouxe à tona a discussão sobre gêneros, define também que mesmo que possa haver um número infinito de potenciais gêneros, existem dois tipos gerais de corpos sexuados: mulher e homem. Reconhecidamente, há muita variação dentro e alguma sobreposição entre essas categorias (por exemplo, pessoas intersexo, pessoas trans que fazem transição física de um sexo para outro). Mas o que é gênero?
Sabemos que desde que o mundo é mundo as mulheres têm vagina e os homens têm pênis, sabemos que depois de certa idade as mulheres começam a menstruar e os homens a ter ejaculação; que somente com certa idade as mulheres e homens começam a ter pelos e que os pelos se distribuem de modo diferente nos corpos de mulheres e homens. Sabemos também que a gravidez só acontece no corpo da mulher. Todas essas coisas são determinadas pelo sexo. O conceito de sexo explica as diferenças entre macho e fêmea da espécie humana. Outra coisa que pode nos esclarecer sobre a diferença entre sexo e gênero é que os animais também são machos ou fêmeas, mas eles não são homens ou mulheres, masculino ou feminino. Os animais não têm gênero.
“É a partir da observação e do conhecimento das diferenças sexuais que a sociedade cria idéias sobre o que é um homem e o que é uma mulher, o que é masculino e o que é feminino, ou seja, as chamadas representações de gênero.”
As relações de gênero são relações de poder e produzem uma distribuição desigual de autoridade, de poder e de prestígio entre as pessoas de