Ética e questões de gênero
Jean-Paul Sartre
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Em toda a história da humanidade, nota-se a presença de uma diferenciação entre homens e mulheres, que já vem sendo discutida há muito tempo. Este tipo de relação desigual, no que diz respeito ao gênero de uma pessoa, fica evidente em nossa sociedade mesmo nos dias de hoje.
Segundo Salzsman (1992 apud PULEO, 2013, p. 1), "quando falamos de gênero, fazemos referência a um conceito construído pelas ciências sociais nas últimas décadas para analisar a construção sócio-histórica das identidades masculina e feminina".
2.1 A legitimação da desigualdade
Esta desigualdade, impregnada em nossa sociedade, remete a tempos muito remotos onde, dentre eles, podemos citar uma infinidade de exemplos, os quais se vê certa inferioridade da mulher quando comparada aos homens.
Dentre todos, talvez o mais antigo se encontre na mitologia grega. Através do mito da caixa de Pandora1, foi atribuída às mulheres, a culpa por todo tipo de desgraça do mundo. (MADRID, 1999 apud PULEO, 2013).
Figura - Caixa de Pandora
Fonte: SÓ HISTÓRIA, 2013.
Saindo da mitologia e entrando na filosofia, até mesmo grandes filósofos ressaltavam certa inferioridade das mulheres em suas obras. Dentre eles, podemos citar Aristóteles, que considerava a condição de submissão da mulher como natural, sendo assim, justa a hierarquia na qual elas estavam submetidas. (XAVIER, 2013).
Ainda na Grécia antiga, berço da democracia, notava-se dentro da ágora2, o preconceito na democracia onde além do gênero, questões como raça e posição social, influenciavam na tomada de decisões. Apenas os homens que possuíam o saber, o limite da idade, a classe social, e a disponibilidade de tempo podiam participar tendo direito à voz e ao voto na ágora. (Álvares, 2013).
Segundo Wagner (1991