Feminismo e Machismo nas Redes Sociais
Análise da repercussão da Marcha das Vadias e do Toplessaço
Clarissa Vasconcellos
RTS – 27
Questão Social no Brasil
Professora Denise Pini
MBE em Responsabilidade Social e Terceiro Setor
Instituto de Economia - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Janeiro/2014
Introdução
As redes sociais chegaram para mudar comportamentos em um caminho sem volta. Nascidas para ligar amigos, colegas e conhecidos, aparentemente como um passatempo de integração, acabaram se tornando um instrumento fundamental de expressão e mobilização. Não é à toa que o termo Mídias Sociais se tornou muito mais adequado, posto que estas páginas de relacionamento passaram a ter um papel fundamental na hora de informar, ultrapassando seu objetivo inicial de apenas conectar indivíduos.
Essas ferramentas são nada menos que um alto-falante para opiniões antes expressas em grupos restritos, reuniões, salas de aula, rodas de bar etc. As pessoas não estão mais ou menos intolerantes nem mais ou menos politizadas; simplesmente as vozes têm um alcance maior por meio desse tipo de mídia. Para o bem e para o mal – dependendo do ponto de vista.
Este trabalho tem como objetivo analisar dois fatos específicos acontecidos em 2013 e sua repercussão nas redes, esse balaio de opiniões de “gente comum”, que não tem a oportunidade de expressão em grandes mídias e que encontra eco em um simples post.
Os fatos são a mais recente Marcha das Vadias, ocorrida em 27 de julho de 2013, no Rio de Janeiro, e o Toplessaço, que marcou o início do verão (21 de dezembro) no mesmo ano, na Praia de Ipanema, também no Rio de Janeiro. A capital fluminense foi a escolhida para análise, já que chama a atenção de todo o País, mas é importante ressaltar que outras cidades tiveram representações dos mesmos eventos, com repercussões muito semelhantes no Facebook e Twitter, redes eleitas para observação das reações.
No caso do Facebook, foi escolhida a página do