Os Novos Dias Do Feminismo
ANNALÍDIA DE MORAES
DANIELE PITKOWSKI
OS NOVOS DIAS DO FEMINISMO
RIO DE JANEIRO
2015
1. Introdução
Desde o início da publicação de materiais publicitários, independente dos meios em que eram inseridos, seja na televisão, jornal, internet, etc., era possível perceber uma visão distorcida sobre a mulher. A abordagem estereotipada a mostra como um objeto, além de ser fútil, fraca e inferior ao homem. Isso deixa transparecer o lado machista da cultura brasileira que interfere na cultura das empresas, logo, também na publicidade. Porém, isso não é especificidade do nosso país, mas também do mercado mundial.
Apesar do Conar ser o Órgão responsável pela ética do material que é veiculado no Brasil, muitas propagandas passam despercebidas e acabam por ofender de alguma forma o público feminino. Podemos usar como exemplo as propagandas de cerveja, que vêm utilizando, repetidamente, o conceito da mulher-objeto, representada pela seminudez em seus anúncios. Se as agências de publicidade e os clientes que aprovam esse tipo de anúncio estivessem atentos ao que acontece no cotidiano das pessoas, que também são seus clientes, saberiam como atingir melhor o seu target e não causar danos à sua marca.
Agora, mais do que nunca, a voz das mulheres têm ganhado peso. Devido, principalmente, a independência que foram tomando ao longo das décadas e, também, a facilidade de expor ideias e mobilizar pessoas através das mídias sociais. Isso faz com que o machismo implícito ou descarado vire tema de debates, discussões e movimentos.
Aqui, pretendemos trabalhar com um excelente exemplo de mobilização do novo feminismo
(aquele que vai além da luta nas ruas ou que estampa capas de jornais pelas fotos de seio a mostra).
Essas mulheres se encontram insatisfeitas com o que vêem na mídia. Três delas, desejando fazer a diferença e acabar com esses preconceitos, se propuseram a prestar consultorias para ensinar a
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