felizmente há luar
Drama narrativo, dentro dos princípios do teatro épico, retrata a trágica apoteose do movimento liberal oitocentista, em Portugal.
Trágica apoteose retrata as condições da sociedade portuguesa do séc. XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades secretas.
CARACTERISTICAS DA OBRA: personagens psicologicamente densas, comentários irónicos e mordazes e denúncia da hipocrisia da sociedade, luta contra a miséria e alienação, preocupação com o Homem e o seu destino.
Drama narrativo, de carácter social, na linha de Brecht (exprime a revolta contra o poder, o homem tem o direito e o dever de transformar a sociedade em que vive, com o objectivo de levar o espectador a reagir criticamente).
BRECHT (“Estudos Sobre o Teatro”): propõe um afastamento entre o actor e a personagem e entre o espectador e a história narrada, para que se possam fazer juízos de valor. Em “FELIZMENTE HÁ LUAR!”, as personagens, o espaço e o tempo são trabalhados para que a “distanciação se concretize”.
Luta contra a tirania, opressão, traição, injustiça e todas as formas de perseguição.
O dramaturgo através dos gestos, cenários, palavras e didascálias, leva o público a entender de forma clara a mensagem.
CONTEXTO HISTORICO: Revolução Francesa de 1789 e invasões napoleónicas levam Portugal à indecisão entre os aliados e os franceses. Para evitar a rendição, D. João V foge para o Brasil. Depois da 1ª invasão, a corte pede a Inglaterra, um oficial para reorganizar o exército GENERAL BERESFORD
Luís de Sttau Monteiro denuncia a opressão vivida na época em que escreve esta obra, isto é, em 1965, durante a ditadura de Salazar. Assim, o recurso à distanciação histórica e à descrição das injustiças praticadas no início do século XIX, permitiu-lhe também, colocar em destaque as injustiças do seu tempo.
PERSONAGENS:
GOMES FREIRE: protagonista, embora nunca apareça é evocado através da esperança do povo, das perseguições