Felizmente há luar!
A linguagem é natural e viva, havendo um recurso frequente à ironia e ao sarcasmo. Como drama narrativo, pressupõe uma ação apresentada ao espectador e com possibilidade de ser vivida por ele. Há uma preocupação fundamental de levar os espectadores a pensar - técnica realista/influência de Bertolt Brecht. Globalmente, é o registo de língua corrente que predomina em “Felizmente Há Luar!”. Contudo, algumas personagens individualizam-se pelo recurso ao uso cuidado, como é o caso de algumas intervenções de Matilde, do Principal Sousa, de Sousa Falcão e de Beresford.
Registos de língua:
• Registo de língua familiar: “Vai, amor da minha vida...” (p.139);
• Registo de língua popular: “Eles vão para casa encher a pança!” (p. 22);
• Registo de língua corrente: “É evidente que só um depoimento de qualidade anula todos os restantes...” (p. 49);
• Registo de língua cuidado: “Diz o Eclesiastes que, tendo Deus dividido o género humano em várias nações, a cada uma delas deu um príncipe que a governasse...” (p. 36).
Marcas de discurso oral:
• Adjetivação irónica: “Soldado distinto, súbdito fiel...” (p. 34);
• Diminutivos com valor irónico: “Dê-nos uma esmolinha por alma de quem lá tem...” (p. 31);
• Frases curtas: “A Rita dorme.” (p. 16);
• Frases exclamativas: “Vê-se a gente livre dos Franceses, e zás!, cai na mão dos Ingleses!” (p. 16);
• Frases interrogativas: “Em que guerra é que vossemecê andou?” (p. 19)
• Interjeições: “Bestas!” “ Idiotas!” (p. 21);
• Provérbios e