Felicidade clandestina

441 palavras 2 páginas
Felicidade Clandestina
Clarice Lispector

Era uma vez, uma menina que era diferente de todas as outras, fisicamente e mentalmente, cheia de orgulho e herdeira da cultura, o que realmente “toda criança” que ama literatura, gostaria de ser, mas que não dava valor ao que realmente possuía.
Alimentava todo o seu sadismo e sua crueldade, fazendo com que todas as crianças do seu bairro sentisse uma certa inveja daquilo que ela possuía, até que um dia, ganhou um livro chamado: “As Reinações de Narizinho” de Monteiro Lobato, porem, ali não sendo mais redundante de suas ações naturais com uma colega, decidiu que emprestaria o livro para a mesma, enchendo-a de esperança, e assim, ela foi lá buscar o tal livro no dia seguinte, cheia de felicidade por ter a oportunidade de ler aquele conto que tanto desejava. Encantada com o diferente estilo de vida que a dona do livro vivia, foi correndo pegar o livro, chegando lá teve a surpresa de saber que o livro estava emprestado à outra menina, mas que podia voltar no outro dia para pegá-lo. Cabisbaixa saiu da sua porta, mas ela não desistia de viver aquele conto que ela tanto almejava, e todos os dias insistia em ir até a porta da garota para pegar o livro, mesmo recebendo a noticia que ainda não possuía o livro em suas mãos.
Certo dia, apareceu a mãe da dona do livro, e estranhou o porque de todos os dias aquela garota aparecia na sua casa, já que ela não tinha noção do que estava havendo, pediu explicações à sua filha, ficando à pá da situação exclamou que aquele livro nunca havia saído daquela casa, pois sua filha estava fazendo aquilo apenas ver sua amiga “sofrer”. E por fim, sua mãe o fez que emprestasse o livro à menina que à dias buscava por esse livro e por tempo indeterminado.
Não tinha muito como esconder a felicidade de ter conseguido aquele livro, pois estava prestes a viver os melhores dias da sua vida com aquele livro. Sedenta pela literatura e cultura que o possuía em seus braços, foi para casa. Chegando em casa,

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