Federico garcia lorca
Regra geral, o destino da personagem Lorquiana, envolvida numa obcecante busca de si mesma, é deparar com a frustração e/ou a morte. Não admira, assim, que um dos feitos fundamentais do dramaturgo García Lorca tenha sido a recuperação da tragédia, concretizada em uma das melhores obras teatrais do autor, Bodas de Sangre (1933). Esta obra, dividida em três atos e sete quadras, oferece-nos um cenário andaluz, onde é retratado a intensidade e as consequências das paixões humanas, o instinto individual contra a opressão coletiva.
A Noiva é representação dramática do instinto individual contra a opressão coletiva. A sua rebeldia contra as convenções sociais não deixa de personificar a luta que se trava dentro de cada ser humano.
A obra de Federico, Bodas de sangre (1933), centra-se na análise de um sentimento trágico, marcado numa paisagem andaluza e universal. O amor é o principal tema, onde figuram mitos, lendas e paisagens que levam o leitor a um mundo de paixões sombrias, desembocando na tragédia, na morte.
As protagonistas femininas, impedidas de levar o seu amor até ao fim, representam uma Espanha patriarcal, na qual a realização do amor consiste numa luta contra as tradições. A rotura dos costumes culmina no castigo, na vingança, na morte, ou seja, em derramamento de sangue.
Na peça teatral, com o objetivo de reiterar a pressão social que sufoca o indivíduo, os personagens não têm nome, sendo identificados pelos papéis