Fechamento de Foucalt - Vontade de Saber
1997, p. 11-16.
a) O que significa o projeto foucaultiano de realizar uma “morfologia da vontade de saber”? – Morfologia: as diversas (e sucessivas) expressões do que vem a ser o conhecimento.
– História da Razão (progresso/triunfo da verdade sobre o erro) versus História dos
Sistemas de Pensamento (configurações epistemológicas transitórias/análise dos acontecimentos como se fossem monumentos, ou seja, não há um sentido oculto a ser decifrado e interpretado).
– História fragmentária: não é totalizante + está sempre aberta a novos aspectos metodológicos + perspectivismo (nietzschiano).
– Analisar o que vem a ser o termo verdade sem recorrer a paradigmas (ou modelos) de cunho Metafísico [= busca de essências imutáveis] ou Antropológico [= centrado no
Sujeito, em aspectos psicológicos ou sociológicos].
– Foucault conjuga o Arquivo de uma época [textos filosóficos e literários, imagens, decretos, esquemas arquitetônicos etc.] com uma reflexão teórica específica [método arqueológico e/ou genealógico].
– Oposição entre “vontade de saber” [como os discursos se formam, se organizam e se modificam] e “vontade de verdade” [relação entre verdade e poder = regras de limitação dos discursos = função política do conhecimento].
– “Vontade de verdade” = exclui o que não se enquadra na sua Ordem = “maquinaria de exclusão” (cf. A ordem do discurso) = “lutas reais” = “relações de dominação”.
– “Vontade de Verdade” (= Metafísica) versus “Vontade de Saber” (Foucault).
b) Interesse nas “práticas discursivas” [= outro critério de avaliação, distinto do
Metafísico e do Antropológico]: em vez de valorizar o nível da Ciência, da Filosofia, do
Conhecimento, Foucault se interessa por um nível que ele considera “anterior”: o Saber.
– Questão foucaultiana: “analisar os