"Fazer viver e deixar morrer" a má fé da saúde publica no brasil
Retomando a teoria clássica da soberania, Foucault falava em uma aula que o soberano detinha o poder de vida e morte de seus súditos, poder de “fazer morrer e deixar viver”. Ao decretar a morte dos súditos, o soberano exercia, também, o poder sobre a vida, Foucault referia-se ao direito político soberano que vigorou até o século XIX, século em que o poder soberano foi perpassado e modificado por um poder inverso: o poder de “fazer viver e deixar morrer”. Tratava-se da assunção da vida pelo poder, da biopolítica como denominou Foucault.
O poder disciplinar, que já em fins do século XVII centrava-se no corpo individual (organizando, esquadrinhando, vigiando), possibilitou à biopolítica implantar-se em outra escala. Tomando a vida como elemento político por excelência, a biopolítica perpassou o antigo poder soberano. Com os investimentos de poder centrados no homem-espécie, a vida passou a ser administrada e regrada pelo Estado. Em nome da proteção das condições de vida da população, preserva-se a vida de uns, enquanto autoriza-se a morte de outros tantos. Se o poder soberano já expunha a vida humana individual à morte, ainda que de maneira limitada, o bipoder expõe a vida de populações e grupos inteiros.
Na introdução a autora diz que o sistema público de saúde e educação funcionam de modo deficientes, depois ela centraliza a discussão na saúde publica, e diz que na realidade a saúde pública ao invés de ser inclusiva e igualitária que a saúde publica está apenas reproduzindo o esquema de desigualdades que se perpetuam no Brasil a algumas décadas. Aponta como objetivo central do texto que percebamos como o mau funcionamento das instituições públicas de saúde se afina com a desigualdade social, e que na pratica o mau funcionamento das instituições contradizem completamente os preceitos constitucionais pelos quais o Sistema Único de Saúde foi criado, e que com a