Fatos
Flagrantes mostram ciclovias ocupadas por motos, carros e pedestres em BH
Uma emissora de televisão fez uma reportagem sobre as ciclovias de Belo Horizonte e dela se pode tirar alguns questionamentos.
Logo no início da reportagem, a jornalista afirma que a bicicleta na cidade poderia ser mais utilizada como meio de transporte se a rede de ciclovias fosse maior e se o espaço dos ciclistas fosse respeitado.
Mas que espaço é esse que tem sido desrespeitado? Esse espaço vai além das vias exclusivas para ciclistas e é, em si, o direito de ir e vir dos cidadãos que optaram pela bicicleta.
Com a falta de uma política pública baseada na mudança de cultura, por meio de campanhas educativas, ações efetivas com motoristas, profissionais ou não, ciclistas e pedestres e reconstrução do espaço urbano, a Prefeitura de Belo Horizonte continuará a desagradar pedestres, que perdem o pouco espaço que têm para que as ciclovias sejam feitas, os ciclistas, que são obrigados, por Lei, a trafegarem nas ciclovias quando elas existem, e aos motoristas, que sentem-se perdendo espaço para ciclovias onde, segundo eles mesmos, não são usadas passa ninguém.
Com relação às ocupações de motoristas e motociclistas, a BHTRans deveria se preocupar em fazer campanhas educacionais que instruíssem tais atores a não trafegar nas ciclovias. No que tange aos pedestres, a partir do momento em que as ciclovias forem ocupadas por ciclistas, eles sairão em busca de um local mais adequado. É nesse ponto em que entra, novamente, a importância de se ter uma cidade que contemple, antes de mais nada, o ir e vir do ser humano enquanto agente capaz de se mover sem auxílio de motores.
Outro ponto a ser discutido é a afirmação de que a cidade possui 50km de ciclovias. Conforme pode ser visto abaixo, a própria BHTrans afirma ter 36km de ciclovias.
Qual o principal argumento desenvolvido nesse fato?
O desrespeito por parte de motoristas