FATOS DAPOLITICA DECADA DE 90
Em setembro de 1992, estudantes e universitários, vestidos e pintados com as cores da bandeira, foram para as ruas protestar e pedir o impeachment (afastamento da presidência) de Collor (1990-1992) . Eles ficaram conhecidos como "geração cara-pintada".
Desde a época das Diretas Já (1982-1984), os estudantes brasileiros estavam bem envolvidos com os processos políticos do nosso país. Neste sentido, é possível citar conquistas como o passe livre nos transportes e o direito da meia-entrada em espetáculos culturais. Os processos políticos no nosso país sempre foram temas de debates. Seja pelas ditaduras que passamos ou pelo início de uma democracia bastante questionável. Em relação a estes questionamentos, Fernando Collor talvez seja o maior exemplo de frustração política e distorção de imagem na nossa história.
Fernando Collor de Mello foi eleito em 1989 e tomou posse em 1990. Durante o processo eleitoral, muitas críticas foram feitas por conta da interferência de grandes organizações privadas. Com o passar do seu mandado, Collor foi bastante questionado por medidas econômicas adotadas como mudança de moeda, criação de impostos (IOF), aumento de tarifas públicas e redução de incentivos. Todas essas medidas ficaram conhecidas como “Plano Collor”.
Um dos eventos considerados o estopim foi o chamado confisco da poupança, que obrigou todos os cidadãos brasileiros a emprestarem todo o dinheiro que tivessem em suas poupanças que excedesse os Cr$50.000,00. O governo prometia que devolveria o dinheiro emprestado em um prazo mínimo.
A situação ficou fora de controle depois que Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando Collor, apresentou diversos documentos que indicavam roubo de dinheiro público, enriquecimento ilícito, tráfico de influência e corrupção. Em entrevista concedida à revista Veja, Pedro Collor citou seu irmão presidente e Paulo César Farias (PC Farias) como cabeças-chave do esquema. O circo estava armado e as entidades civis do país