Fatores neurobiológicos
A atenção é um dos processos cognitivos com mais prejuízo no TDAH e há estudos sobre as regiões cerebrais envolvidas nesse processo, como o caso do núcleo acumbente. O núcleo é uma região importantíssima do sistema de recompensa, sendo considerado o centro de prazer do cérebro. É nele que se encontra uma das maiores reservas de dopamina, porém essa reserva pode ser modificada pelo uso de drogas ou medicamentos como cocaína, anfetamina, ritalina, bem como pelo uso do neurofeedback. Estudos como de Lou e cols. (1984) e de Castellanos (1997) mostram que anormalidades no funcionamento cerebral de uma criança com TDAH aumentam a recaptação da dopamina, diminuindo a sua concentração, interferindo na atenção. Algumas antigas hipóteses diziam que o TDAH era causado por algum dano estrutural cerebral, e embora esta teoria tenha caído em desuso, sabe-se que existem algumas diferenças estruturais entre um cérebro com este transtorno e um normal. Através de estudo com Imagem de Ressonância Magnética (IRM) e Tomografia por Emissão de Pósitrons (TEP) foi verificada algumas anomalias nas redes estriatais frontais do cérebro, especialmente no córtex pré-frontal, área supostamente responsável pela inibição de comportamento e na mediação de reações a estímulos ambientais. Além disso, os neurotransmissores, dopamina e norepinefrina, estão comumente mais ausentes em certas regiões cerebrais, como o córtex frontal, o que pode contribuir para a sintomatologia do transtorno (Dupaul; Stoner, 2007). No entanto, a parte mais afetada nas pessoas com TDAH é o lobo frontal do hemisfério direito, onde há um hipofuncionamento de suas funções e uma hiporpefusão cerebral, na qual consiste em uma diminuição do aporte sangüíneo. Tal diminuição promove uma redução da glicose do sangue e com isso, há uma redução do metabolismo nessa região, e conseqüentemente, menos energia para desenvolver suas atividades. Nesse processo existem neurotransmissores envolvidos