hipnose
INTRODUÇÃO
O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um transtorno neurobiológico reconhecido pela organização mundial de saúde. Os sintomas começam a se apresentar na infância e ocorre em 3 a 5% das crianças. Hoje em dia sabemos que esse transtorno deriva de um funcionamento alterado do sistema neurobiológico cerebral, no qual neurotransmissores apresentam-se alterados quantitativa e/ou qualitativamente. A partir da década de 1990 a comunidade cientifica tornou unanime essa idéia de que o transtorno é ocasionado por uma disfunção e não por uma lesão como se pensava antes. Estudos apontam para fatores genéticos na causa do TDAH, mas fatores ambientais também podem influenciar no desenvolvimento dos sintomas. (Silva, A. B.. 2003)
Quanto aos sintomas, a criança com TDAH é sempre descrita como inquieta. Em casa, corre de um lado para o outro, tira brinquedos do lugar e esparrama pelo chão e, quase sem usá-los, pega outros e outros, sem deter-se em nenhum. Interrompe permanentemente os adultos e as outras crianças, respondendo impulsivamente e de forma exagerada àqueles que o molestam. Seus companheiros de escola o evitam, mesmo assim ele sempre termina chamando-os para pedir-lhes ajuda nas lições que não consegue copiar a tempo. (Ballone, 2005)
UM BREVE HISTÓRICO DO TDAH
Em 1798, o médico escocês Alexander Crichton publicou o que pode ser considerado o primeiro trabalho sobre o TDAH. Neste, ele descreveu aspectos de desatenção encontrados em jovens que são muito semelhantes aos critérios propostos pelo DSM-IV (Graef & Vaz, 2008). Mais de um século depois George Frederick Still descreveu crianças portadoras de um defeito central e crônico “no controle moral”.
Aproximadamente duas décadas depois, estudos realizados nos Estados Unidos fizeram uma correlação entre encefalite e uma possível “deficiência moral”. Isto porque um grupo de crianças com sintomas muito parecidos aos descritos por