Fatores determinantes na compra do primeiro imóvel
O setor da construção civil tem hoje importância considerável para a economia brasileira. Em 1999 cerca de 70% de todos os investimentos feitos no país passaram pelo setor. Além disso, somente no ano 2000, o setor foi responsável por 15,2% do PIB nacional, dos quais 6,2% são provenientes do subsetor edificações, que se constitui no principal elemento da cadeia produtiva.
Trata-se do segundo segmento industrial do país, ficando atrás apenas da indústria da transformação, que engloba os setores automobilístico, petroquímico e metalúrgico (Yasbeck, 1997). Além disso, como haviam previsto alguns especialistas da área imobiliária e financeira (Newman, 1997), o setor imobiliário brasileiro foi muito beneficiado com a entrada em vigor do modelo de crédito habitacional, baseado no mercado secundário de hipotecas. Observa-se, hoje, o que parece o início de um ciclo de modernização gerencial da indústria imobiliária no Brasil, com esforços para se entender melhor o comportamento do consumidor deste mercado, seus reais desejos e necessidades e suas percepções sobre qualidade.
Para que venda mais rápido, o empreendimento deve ir ao encontro das reais necessidades e aspirações dos potenciais compradores, ou seja, deve apresentar a melhor combinação entre as suas características ou atributos essenciais e as necessidades dos clientes. Mesmo reconhecendo as tendências de melhoria no setor, Meyer e Haddad (2004) apontam inadequações de práticas usuais de muitos dos promotores imobiliários, públicos ou privados, que não consideram necessidades e desejos dos futuros usuários. O que se observa é que as ações mercadológicas apropriadas são escassas ou baseadas no empirismo. Para Fernandez e Oliveira (2004) isto pode ser creditado à intempestividade da cultura empresarial da construção civil e também ao baixo nível de interesse pela literatura especializada.
Stahl e Pecahan (2005) chamam a atenção para uma compreensão equivocada que leva a supor que ferramentas