fases
Conforme relatório “Impactos da Privatização no Setor Siderúrgico”, publicado pelo BNDES1 (2001), a siderurgia mundial apresentou três estágios relevantes de evolução no século XX. O primeiro corresponde ao período pós-guerra até a década de 70, no qual a taxa média de crescimento da produção de aço bruto foi cerca de 5% ao ano. Nessa fase, a siderurgia mundial era predominantemente estatal: o índice de estatização da produção de aço atingiu 75% em 1980.
1 BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Banco de fomento subordinado ao Ministério da Economia do Governo Federal do Brasil
No segundo estágio, na década de 80, o setor caracterizou-se pela estagnação com produção em torno de 700 milhões de t/ano e pela desaceleração do crescimento das economias desenvolvidas. Essa fase com super-oferta de aço e preços em queda, caracterizou-se também pela intensificação do uso de materiais substitutos como alumínio, plástico e cerâmica, ameaçando a hegemonia do aço.
A terceira fase, iniciada em 1988 até o final do século, caracterizou-se pela reestruturação, com profundas e constantes transformações do setor iniciadas a partir de um grande processo de privatização na siderurgia mundial, reduzindo a participação do estado na produção de aço para 40% em 1994 e para menos de 20% em 2001, sendo estas últimas concentradas especialmente na China, Rússia e Ucrânia. A privatização em conjunto com a globalização, ou expansão do comércio internacional, acirrou a competição existente na indústria, fazendo com que seus players buscassem produtividade, tecnologia e escala para adquirir vantagens competitivas.
No Brasil, o processo de privatização ocorreu em duas etapas: na primeira teve início em 1988 com o Plano de
Saneamento do Sistema Siderbrás, quando realizaram-se privatizações de menor porte, incluindo a da Usiba em outubro de 1989, adquirida pela Gerdau. Na segunda fase, que abrangeu