3. Fase empírica O plano de investigação, elaborado na fase anterior, é agora posto em execução nesta fase empírica, que diz respeito ao desenvolvimento do estudo, à análise dos dados e à interpretação dos resultados. Aqui, o investigador deverá ter particular cuidado na descrição do desenvolvimento do estudo e na forma como foram colhidos os dados, tendo sempre bem presente, todos os aspectos éticos, no que diz respeito à protecção dos direitos dos sujeitos. A análise dos dados, não menos importante, varia segundo os tipos de estudo, ou seja, segundo se trate da descrição de fenómenos, da investigação de relações entre variáveis ou da verificação de hipóteses causais. No decurso do estudo, o investigador deverá fazer uma avaliação crítica dos seus principais aspectos, no que refere à recolha de dados, à análise dos dados e à interpretação dos resultados. 3.1. Recolha de dados O modelo de recolha de dados consiste na identificação das diversas etapas de recolha de informação que, de forma coerente e sistemática, indicam uma determinada perspectiva de investigação, constituída por uma serie de pressupostos gerais acerca das entidades, dos processos de determinado campo de estudo e acerca dos métodos apropriados a utilizar para investigar os problemas e construir as teorias nesse campo. Em Ciências Sociais e Humanas, normalmente o ponto de partida da investigação situa-se “geralmente ao nível da população” (Almeida e Freire, 2000:100), pela dificuldade em definir o universo. O investigador deve, clarificar o processo de recolha de dados, nomeadamente as técnicas de recolha (formulas de investigação como por exemplo, inquéritos, entrevistas, questionários, observação, descrição, estudo de caso) e os instrumentos. Na investigação educativa é muito utilizada a técnica de inquérito com ênfase na entrevista e no questionário. Fortin (2009:245) afirma que as entrevistas e questionários permitem colher informações junto dos participantes