Farmácia
Resenha
A utilização clínica de anticorpos monoclonais já é uma realidade. Estes já vêm sendo usado como moduladores da rejeição em pacientes transplantados, para mapeamento de tumores, desintoxicação por drogas e também na imunização preventiva. O Brasil não fica de fora dessa realidade se tornando referências em áreas como a produção de soro antiofídico contra animais peçonhentos.
Anticorpos monoclonais são anticorpos produzidos por um único clone de um linfócito B parental, sendo, portanto, idênticos em relação às suas propriedades físico-químicas e biológicas. Os anticorpos monoclonais podem ser gerados em laboratório para reconhecer e se ligar a qualquer antígeno de interesse.
A ideia da utilização de anticorpo monoclonal como fármaco é perfeita. Tem-se um agente imunológico, que pode ser gerado em laboratório, altamente específico e com forte afinidade a um antígeno. Em outras palavras, tem-se um fármaco teoricamente fácil de sintetizar com praticamente nenhum efeito colateral. O grande problema é que como o anticorpo monoclonal é produzido por camundongos, este, também, desencadeia resposta imune por não ser produzido pelo próprio corpo.
Tal fato só veio a contribuir com evolução cientifica atual. Com esse problema em mãos, cientistas buscavam formas de burlar essa resposta imune provocada por anticorpos monoclonais. Daí surgiu a grande sacada da engenharia genética de manipular esses anticorpos de camundongos e transforma-los em anticorpos humanizados, podendo até, posteriormente, ser sintetizado in vitro.
O Brasil não pode ficar parado nesse cenário dos anticorpos monoclonais humanizados. É fundamental que o país domine a produção de anticorpos em larga escala, além de investir em pesquisa e desenvolvimento visando à criação de uma nova geração de anticorpos com aplicação das técnicas de DNA