Farmácia homeopática
A Farmácia homeopática, no sentido de um local que não apenas dispensa, mas que também manipula medicamentos homeopáticos é um estabelecimento muito bem representado no Brasil, sobretudo se comparada com a realidade de outros países. Diferentemente do que acontecia há alguns anos, atualmente, a maioria das farmácias que manipula medicamentos homeopáticos, também dispensa medicamentos alopáticos. Um menor número de farmácias especializadas em homeopatia se manteve. Na Europa e nos Estados Unidos, a quase totalidade das farmácias apenas dispensa o medicamento, seja ele solicitado espontaneamente no balcão, seja ele advindo de prescrições magistrais, todos manipulados em indústrias. Estabelecimentos que contam com a manipulação homeopática são exceções, encontrados apenas em alguns países, ainda que em fase de crescimento.
Essa amplitude da atuação farmacêutica na homeopatia, se por um lado traz riqueza intensa, por outro proporciona preocupações em relação à padronização e à qualidade, pois é sabido que ainda existem variáveis na manipulação de medicamentos homeopáticos nas farmácias.
O Nascimento da Homeopatia
Em 1790, ao traduzir a Matéria Médica, do médico escocês Willian Cullen, Hahnemann ficou indignado com o fato de esse autor atribuir a eficiência terapêutica da droga quina ao seu efeito tônico sobre o estômago do paciente acometido de malária. Não concordando com essa hipótese, resolveu fazer experiências ingerindo por vários dias certa quantidade de quina. Para sua surpresa passou a apresentar uma série de sintomas típicos de malária. Ao suspender o uso da droga sua saúde voltou à normalidade. Deveria haver, portanto, uma identidade entre a doença e a droga ingerida.
O resultado desse experimento chamou a atenção de Hahnemann para o adágio hipocrático similia similibus curantur, ou seja, uma droga reconhecidamente eficiente no tratamento da malária era capaz de produzir sintomas semelhantes