farmacia comercial
Com a evolução da ciência, grandes indústrias foram se formando e consequentemente um aumento na produção de medicamentos. Porém, não podemos atribuir o mesmo mérito ao profissional farmacêutico. Durante muito tempo, o farmacêutico foi desvalorizado do mercado de trabalho, já que as grandes empresas faziam todo o processo de manipulação e comercializavam em larga escala, não exigindo a presença de um profissional nessa área. Foi a partir da década de 70 que se criou uma lei (nº 5991/73) onde se faz obrigatória a presença de um farmacêutico em farmácias e drogarias. Aos poucos a profissão retoma sua posição no mercado. Atualmente, existem 72 áreas de atuação no Brasil e não mais somente em pequenos estabelecimentos como no passado.
No Brasil, o conceito de medicamento ainda não passa de uma mercadoria qualquer. As farmácias e drogarias (principalmente) transformaram-se em mercearias e estão mais sujeitas às regras de mercado que as regras sanitárias. Nelas comete-se a aviltante e irresponsável "empurroterapia", em que o balconista do estabelecimento oferece qualquer medicamento ao paciente, à revelia de prescrição médica e da dispensação do farmacêutico, atendendo exclusivamente aos apelos do negócio e do lucro.
O medicamento é um bem social e corresponderá ao farmacêutico continuar desenvolvendo seu trabalho em qualquer das etapas relacionadas com ele, desde a sua obtenção até sua dispensação e seguimento, assegurando à população o acesso a fármacos eficazes, seguros e de qualidade, independentemente do tipo de farmacoterapia empregada