Farmacia Clinica
I) INTRODUÇÃO
Foi dentro de uma nova visão profissional da atividade do farmacêutico que surgiu, nestas duas últimas décadas na Europa e nos Estados Unidos, a especialidade do farmacêutico clínico. Este especialista, dentre suas principais atividades na Instituição de Saúde, participa de todos os estágios relacionados aos processos de utilização de medicamentos, desde a prescrição, transcrição, dispensação, administração e principalmente monitorização. As características e o exercício destas atividades do farmacêutico clínico variam de acordo com a formação técnica do profissional e de acordo com o entendimento de sua capacidade junto à Administração.
Em nosso meio, a atividade deste profissional ainda é pouco difundida, embora em outros países esteja já bem consolidada, onde unidades farmacêuticas hospitalares participam ativamente junto à equipe de saúde, seja servindo como consultores nas visitas médicas ( ), seja otimizando e informando os pacientes sobre seu regime terapêutico e fiscalizando os problemas relacionados aos seus medicamentos ( PRM ),.( ref. )
Em hospitais tradicionais brasileiros , as decisões sobre a conduta terapêutica para cada paciente ainda são exclusivas do médico. Todavia, como veremos nesta revisão, estudos mostram que os médicos algumas vezes cometem erros de prescrição ( ref. ), muitos deles sem conseqüências graves e outros interceptados a tempo. Mas alguns destes erros podem resultar em sérios problemas ao paciente, certamente evitáveis se o farmacêutico, ao invés de trabalhar à distância, estivesse junto à equipe médica no momento da prescrição. Embora em nossos hospitais pouco se tenha pesquisado sobre as vantagens deste procedimento farmacêutico na economia de recursos, algumas comunicações em Congressos têm revelado resultados iniciais, mostrando que intervenções do farmacêutico nas prescrições e na