Resenha Farmácia Clinica.

A FARMÁCIA CLÍNICA E A ATENÇÃO FARMACÊUTICA

A profissão farmacêutica vem sofrendo grandes transformações ao longo do tempo. Essas transformações surgiram com desenvolvimento e mecanização da indústria farmacêutica, aliada à padronização de formulações para a produção de medicamentos em larga escala e à descoberta de novos fármacos de eficácia superior, resultado de pesquisas de alta complexidade. Junta-se a estes fatos a evolução das formas farmacêuticas, remodelando ações terapêuticas de fármacos. Com os avanços, laboratórios magistrais das farmácias, atividade primária do farmacêutico, definida pela sociedade e pelo âmbito profissional, tornou-se quase obsoleta, enquanto o farmacêutico passava a ser visto somente como um simples vendedor de medicamentos. Insatisfeitos, estudantes e professores da Universidade de São Francisco (EUA) foram à busca de mudanças, resultando em uma nova atividade.
A Farmácia Clínica surgiu na década de 1960 visando aproximação do farmacêutico ao paciente e à equipe de saúde, possibilitando o desenvolvimento da farmacoterapia. Em meados de 1970, alguns autores se empenharam em redefinir o papel do farmacêutico em relação ao paciente, pois segundo eles a Farmácia Clínica estava restrita ao ambiente hospitalar e voltada principalmente para a análise da farmacoterapia dos pacientes, sendo que o farmacêutico ficava próximo apenas à equipe de saúde, havendo então a necessidade de nortear e estender a atuação do profissional farmacêutico.Em 1975 iniciou-se a construção inconsciente do conceito de Atenção Farmacêutica, que só viria a receber essa terminologia no final da década de 1980, com o intuito de que o farmacêutico deveria prestar"a atenção que um dado paciente requer e recebe com garantias do uso seguro e racional dos medicamentos".
Posteriormente, a definição proposta por Mikel et al. foi ampliada e adaptada por Brodie, Parish e Poston (1980), que sugeriu incorporar a ela que o farmacêutico deveria oferecer e realizar todos os