Definição e evolução da farmácia clínica e hospitalar
A farmácia clinica teve inicio no século XX, pois os farmacêuticos, que atuavam na área assistencial, começaram a converter-se em meros dispensadores de produtos fabricados distanciando-se da equipe de saúde e do paciente.
As inquietudes, geradas pela situação descrita, levaram ao nascimento, na década de 1960, de um movimento profissional que, questionando sua formação e atitudes, determinou como poderiam ser corrigidos os problemas que estavam sendo detectados. Assim, líderes profissionais e educadores norte-americanos passaram a discutir o conceito de “orientação ao paciente” que levou a criação do termo farmácia clínica, compreendida como uma atividade que permitiria novamente aos farmacêuticos participar da equipe de saúde, contribuindo com seus conhecimentos para melhorar o cuidado.
Foram formulados vários conceitos para farmácia clínica, como, farmácia orientada de forma equivalente ao medicamento e ao indivíduo que o recebe, farmácia realizada ao lado do paciente, entre outros.
Os conceitos de Farmácia Clínica foram sendo paulatinamente difundidos e incorporados pela profissão farmacêutica no mundo todo. No Brasil, o grande interesse pelo tema se deu na década de 80, em especial na área hospitalar, onde esta prática desenvolveu-se com mais força. Por esta razão, ainda hoje, existe a ideia de que Farmácia Clínica é uma atividade que somente é exercida no ambiente hospitalar, onde está presente toda a equipe de cuidado do paciente. Esta é uma ideia que pode e deve ser repensada, pois o exercício da atividade clínica não pode ser uma questão de ambiente e oportunidade, mas na realidade é uma questão de filosofia profissional, ou seja, o profissional que está voltado para o exercício da clínica age como clínico em qualquer ambiente onde se requeira uma postura de avaliação de situação para identificação e resolução de problemas de saúde. Um exemplo disso pode ser verificado diariamente na postura de profissionais clínicos diante de situações