Famílias e mobilidade
UMA FAMÍLIA
EMIGRANTE
Índice
1. Introdução 2. Pequena abordagem sobre a emigração Portuguesa: da expansão Portuguesa ao séc. XX 3. O percurso de emigração de uma família Portuguesa 4. Conclusão 5. Bibliografia
1. Introdução
Hoje, neste mundo globalizado a mobilidade das famílias tornou-se um acto “normal”. O conceito de emigração dos anos 20, 30, 40 e mais já não é o mesmo. A globalização levou a uma abertura do comércio internacional e a uma circulação mundial dos indivíduos. As migrações tanto internas como externas têm vindo a aumentar; hoje temos 1 bilhão de imigrantes no mundo. Mas o que leva as pessoas a migrar?
Desde novas oportunidades de emprego, a melhores condições de vida, liberdade política ou religiosa, educação ou até laços familiares podem ser motivos para emigrar.
Para o meu trabalho escolhi uma família portuguesa que hoje vive em Portugal (entre o tempo de escolha e a realização do trabalho esta família divorciou-se). O marido é português nascido em Lisboa e a mulher é portuguesa nascida em Angola. Têm dois filhos, uma menina com 29 anos que já é mãe e um rapaz com 9 anos, ambos nascidos no Brasil e eles emigraram para o Brasil na mesma altura (1975). Esta data foi um período marcante na sociedade portuguesa; as nossas últimas colónias ficaram independentes (como Angola e Moçambique) e Portugal que vivia numa ditadura sofreu uma revolução e passou a ter uma democracia.
Têm entre 11 e 12 anos de idade quando chegam ao Brasil com os pais e é no Rio de Janeiro que se conhecem e casam. Quando a filha mais velha tem 11 anos acham que o Rio de Janeiro não é a cidade certa para ela crescer (principalmente o pai) e vêm para Portugal. A mãe, que nunca tinha vivido em Portugal tem dificuldade em integrar-se; ao contrário do que aconteceu no Brasil, em