Família e trabalho: como administrar essa relação? Passamos todo tempo reclamando da correria do dia a dia. Parece que estamos numa constante maratona contra o relógio disputando espaços entre o ambiente de trabalho, a família, lazer e outras atividades. Embora o discurso vigente seja a valorização das pessoas e humanização do trabalho, a prática tem demonstrado o contrário: muitos relatam que a cada dia está mais difícil conciliar todas suas atividades. A pressão parece aumentar constantemente pela redução dos custos, maximização dos lucros, maiores resultados, aquisição de novos conhecimentos, mais tempo para si mesmo. Resumindo: pressão, pressão e mais pressão. E isso acaba afetando seu equilíbrio entre as atividades pessoais, profissionais e familiares. O cerne da questão é que quem define as prioridades de vida e aceita certos tipos de cobranças somos nós mesmos. O equilíbrio começa quando identificamos o que é mais importante e, então, conseguimos conscientemente dizer “não” para boas atividades e passamos a administrar o tempo fundamentado naquilo que é essencial, harmonizando o todo e deixando de lado algumas “boas coisas” que gostaríamos de fazer. Se você se dedica totalmente à empresa em detrimento da família; depois de algum tempo ela poderá lhe demitir, porque você não servir mais aos interesses comerciais. Aí você volta para casa e observa o estrago que a sua ausência causou: filhos desorientados que cresceram longe do pai (ou da mãe) e cheios de problemas e carências, às vezes uma família sem direção e perspectivas. Fazendo uma breve retrospectiva, você se lembra quando saía cedo para trabalhar e o seu filho ainda estava dormindo e ao voltar ele já tinha adormecido novamente? Será que você se recorda quando ele deu o primeiro chute no futebol ou quando sua filha fez sua primeira apresentação de balé? Onde você estava? Trabalhando? Aí você poderia dizer:
- Sim, trabalho justamente para dar conforto aos meus filhos! Acredito nessa