familia e trabalho
Os resultados de pesquisa por mim realizada no início dos anos 80 (Montali, 1995) confirmam o relativo sucesso da família como amortecedora da crise econômica então vivida, apesar do aumento do desemprego e da redução dos rendimentos familiares. Esta nova pesquisa se io disputando espaços entre o ambiente de trabalho, a família, lazer e outras atividades. Embora o discurso vigente seja a valorização das pessoas e humanização do trabalho, a prática (infelizmente) tem demonstrado o contrário: muitos relatam que a cada dia está mais difícil conciliar todas suas atividades. A pressão parece aumentar constantemente. Pressão pela redução dos custos, maximização dos lucros, maiores resultados, aquisição de novos conhecimentos, mais tempo para si mesmo. Resumindo: pressão, pressão e mais pressão. E isso acaba afetando seu equilíbrio entre as atividades pessoais, profissionais e familiares.
O cerne da questão é que quem define as prioridades de vida e aceita certos tipos de cobranças somos nós mesmos. O equilíbrio começa quando identificamos o que é mais importante e, então, conseguimos conscientemente dizer “não” para boas atividades e passamos a administrar o tempo fundamentado naquilo que é essencial, harmonizando o todo e deixando de lado algumas “boas coisas” que gostaríamos de fazer.
Por exemplo, se você se dedica totalmente à empresa em detrimento da família; depois de algum tempo ela poderá lhe demitir, porque você não servir mais aos interesses comerciais. Aí você volta para casa e observa o estrago que a sua ausência causou: filhos desorientados que cresceram longe do pai (ou da mãe) e cheios de problemas e carências, às vezes uma família sem direção e