Familia monoparental
“Inúmeros são os desafios que permeiam a vida da família contemporânea. Podemos pensar em temáticas como violência intra e extrafamiliar, desemprego, pobreza, drogas e tantas outras situações que atingem dolorosamente a família e desafiam sua capacidade para resistir e encontrar saídas”
“O impacto desses desafios e dessas mudanças sobre o cotidiano das relações familiares acaba sendo absorvido pelo profissional que trabalha com famílias, na medida que também os vive, resultando dessa proximidade o desenrolar de um processo peculiar e, por vezes, perturbador”.
“Essa intimidade do conceito de família pode causar confusão entre a família com a qual trabalhamos e nossos próprios modelos de relação familiar”.
“O resultado disso é que tendemos a trabalhar as famílias desconhecendo as diferenças ou, pior, em muitas situações transformamos essas em desigualdade ou incompletude”.
“Dentre as mudanças que afetam os laços familiares, pretendo destacar a configuração das famílias chamadas monoparentais, alvo de atenção de profissionais da are-a da saúde, de serviços social, da psicologia, entre outros. Os lares monoparentais são aqueles em que vivem um único progenitor com os filhos que ainda não são adultos”.
“A expressão “ famílias monoparentais” foi utilizada, segundo Nadine Lefaucher, na França, desde a metade dos anos setenta, para designar as unidades domesticas em que as pessoas vivem sem cônjuge, com um ou vários filhos com menos de 25 anos e solteiros”.
“No Brasil, Barroso e Bruschini publicam, em 1981, um precioso texto, Sofridas e mal pagas, tratando das mulheres chefes de família. Chamam a atenção para esta nova forma de família e retratam a dura realidade da vida dessas mulheres. As autoras apontam que, embora já houvesse no Brasil um contingente expressivo de famílias chefiadas por mulheres, é a partir dos anos 1970 que elas passam a ter visibilidade e conquistam um lugar entre as pesquisas sociológicas”.
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