famila mosaico
Agora é comum ouvir o “marido da mamãe”, a “mulher do papai”, os “filhos do marido da mamãe”, os “filhos da mulher do papai” , o “irmão por parte de mãe” e por aí vai. A nova família agora lembra uma concha de retalho. Esta rede de parentes e meio parentes vem sendo denominada por estudiosos e especialistas como “família mosaico”. Antigamente uma família era pai, mãe e filhos, consistia na permanência da mãe no lar para cuidar e zelar pela educação dos filhos enquanto o pai trabalhava para sustentar a prole.
No século XXI um novo formato de família se materializa. Os fatores que mais contribuíram para esta mudança, foi a inclusão da mulher no mercado de trabalho, a separação e o divorcio, muitas mulheres passaram a ser responsáveis pelo sustento da casa, tornando-se chefes de famílias. As mulheres deixaram para trás antigos modelos, o que eram referencia para as avós e para as mães. Essa quebra de paradigma, que vem sendo costurada pouco a pouco, auxilia muitos doutrinadores e juristas a traçar novas decisões pautadas neste novo modelo de família, em especial para preservação e tutela dos filhos.
Hoje, de cada três casamentos, um acaba em separação no Brasil. De cada quatro bebês nascidos um viverá em família de pais separados antes de atingir a idade adulta.
Não obstante o casamento à moda antiga não pode ser mais referência nos dias de hoje, os laços do afeto e a importância da família, seja ela qual for – remendada, emprestada ou partilhada – ainda são muito inerentes ao ser humano.
Nos últimos anos, avanços significativos foram instituídos nas relações familiares no tocante à proteção de pais e filhos separados: a regulamentação da guarda compartilhada, a abrangência da discussão acerca da alienação parental, o projeto de lei que garante participação de pais separados na vida escolar do filho são exemplos positivos e que vêm ao encontro do momento atual. Por certo que entre o ideal e o real existe uma boa distância. Contudo,